segunda-feira, janeiro 10, 2011

Abrir-se para a consciência planetária

 
Quando o discípulo reconhece que uma vida encarnada não é mais do que um breve segundo da existência total, aquilo que ele pretende alcançar como realização externa imediata é redimensionado. E um amplo universo, isento de parâmetros restritos, desvela-se-lhe silenciosamente.
É muito importante que nessas fases ele não ponha obstáculos ao processo sagrado que o espírito tenta realizar por intermédio dos seus corpos. São raros os que podem fundir em si mesmos a forma e a não-forma, de modo a estar além dos estados de diversidade, a penetrar a unidade, onde classificações inexistem.
Os que estão sintonizados com esse processo devem encontrar um novo eixo de alinhamento e permitir que a própria consciência transcenda os planos já conhecidos. No caso dos que já superaram aspectos individuais e se deixaram absorver na consciência grupal, o passo imediato é abrirem-se para a consciência planetária; de modo oculto e silencioso, viverem integrados às energias que sustêm a vida dos reinos, povos e elementos que evoluem na Terra. É esse o caminho para conhecerem a irradiação dos novos tempos e deixarem-se permear por ela. É também esse o caminho para interagirem com a Hierarquia de maneira fluida e contínua.
Imbuir-se do estímulo que move as consciências ao serviço planetário e unir-se à meta da Hierarquia é aproximar-se das suas tarefas, é ser capaz de não ignorar a dor dos que são esmagados pela violência das forças materiais desta civilização. Se há como auxiliar na dissolução desse mal, que isso esteja plenamente assumido e concretizado. É necessário que o indivíduo atinja certo grau de libertação interna para servir dessa maneira. Enquanto estiver ao sabor das forças que assolam a vida humana, não poderá ser um instrumento de redenção.


Extraído do livro “Novos Oráculos” – Trigueirinho
Editora Pensamento
Págs. 45 e 46

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